Relatório da ONU aponta que mais de 63 mil imigrantes morreram ou desapareceram na última década

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De acordo com um relatório publicado pela Organização Internacional para Migrações (OIM), em uma análise da última década, mais de 63 mil imigrantes morreram ou desapareceram durante a migração, nesse período. O ano de mais 2023 registrou o maior número de mortes, em comparação com anos anteriores.

O documento aponta que afogamento é a principal causa de morte, com quase 60% das mortes registradas por esse motivo. Dessas, mais de 27 mil mortes aconteceram somente no Mediterrâneo. Além disso, a agência da ONU também pontua que apesar do números altos, ainda é possível haver subnotificação.

Barco no mar Mediterrâneo repleto de refugiados e migrantes /Foto: Acnur/Massimo Sestini

Além disso, o documento disponibiliza mais informações alarmantes sobre a migração, no mundo. Segundo o relatório, mais de um terço dos migrantes mortos, cujo país de origem pôde ser identificado, vem de nações em conflito ou com grandes populações de refugiados. Também, mais de dois terços dos migrantes mortos não possuem identificação.

Os dados mostram que quase 5,5 mil mulheres morreram em rotas de migração nos últimos 10 anos, e com relação ao número de crianças, o valor é de quase 3,5 mil. 

Ao comparar os dados do último ano com os de 2024, no Mediterrâneo, fica evidente o aumento. Em 2023, no início do ano, foram registradas 26 mil mortes de migrantes, e em 2024, cerca de 16 mil.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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