Na manhã desta quinta-feira (25), na Arena Bercy, a ginasta brasileira Rebeca Andrade apresentou ao Comitê Técnico da FIG (Federação Internacional de Ginástica) a intenção de executar o Triplo Twist Yurshenko (TTY). O salto, que nunca foi feito em uma competição oficial de ginástica artística, pode ser batizado com o nome da atleta: “Andrade”.
Isso indica que Rebeca pode executar o salto na competição, que inicia para as mulheres no próximo domingo (28). A FIG estabeleceu a nota de partida de 6.0 para o elemento, e, se ela o realizar com sucesso nas Olimpíadas de Paris 2024, o salto poderá ser nomeado em homenagem à brasileira.
O movimento é uma variação avançada do salto Yurchenko, começando com uma rondada flic-flac para a mesa, com a ginasta entrando de costas no aparelho, e é seguido por três piruetas (equivalentes a 1080 graus). Este salto seria o mais complexo dentro da “família” Yurchenko.
O salto será apresentado em algum momento nas Olimpíadas. Caso seja homologado, Rebeca vai ser mais uma ginasta brasileira a ter um elemento com seu nome. Daiane dos Santos, Diego Hypolito, Lorrane Oliveira e Júlia Soares (as duas últimas colegas de seleção de Rebeca), já possuem seu nome no código de pontuação.
Embora tenha sido tentado ocasionalmente, nenhuma mulher jamais fez com sucesso um Yurchenko com uma tripla rotação, e apenas um salto no código feminino – The Biles II – é mais difícil. Se Andrade fizer isso com sucesso em qualquer momento da competição feminina em Paris, será o primeiro elemento nomeado para ela no código.
Com ouro no salto e prata no individual geral, a atleta se tornou em Tóquio-2020 a primeira brasileira a subir ao pódio olímpico na ginástica feminina e uma das protagonistas daquela edição dos Jogos.
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