Entre os dias 1º e 7 de setembro o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 18.374 focos de incêndio na Amazônia brasileira. Em todo o mês de setembro de 2021 foram 16.742 registros de queimadas no bioma.
Até o momento, foram 64 mil focos registrados em todo ano de 2022 e em todo 2021 foram 75.090 focos. O mês de agosto foi o recordista, tanto em 2021 quanto em 2022. No ano passado, foram registrados 28.060 e, em 2022, 33.116 focos de incêndio. Maio deste ano registrou o maior aumento percentual, com mais de 96% de aumento, passando de 1.166 para 2.287 focos.
“No Dia da Independência, e na mesma semana em que se comemora o Dia da Amazônia, os números referentes à queimadas e incêndios florestais só reforçam que estamos repetindo a mesma dinâmica predatória de 200 anos atrás, propagando uma economia da destruição que ainda se alimenta fortemente de recursos naturais ao passo que não traz o tão almejado desenvolvimento real para a Amazônia”, afirma Cristiane Mazzetti, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.
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No Pará, em apenas 4 dias, as queimadas já superam setembro de 2021, atingindo a marca de 20.693 pontos de fogo na floresta. Já no Acre, a poluição do ar chegou a níveis 13 vezes maiores que os recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Uma nuvem de fumaça causada pelas queimadas foi registrada em diversos estados brasileiros e em alguns países vizinhos. A imagem do satélite geoestacionário Goes-16 mostra a extensão da fumaça que atingiu Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Pará. Além desses locais, a nuvem também pôde ser vista em São Paulo, Paraná e Bolívia.
Um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revela ainda que Em 2022, a área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos. Foram derrubados 10.781 km² de floresta, de agosto de 2021 a julho de 2022, isso equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.
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