Quase 94% dos conselhos de administração de empresas brasileiras são compostos por brancos, diz pesquisa

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Uma pesquisa chamada Perfil Social, Racial e de Gênero das 1.100 Maiores Empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas, realizado pelo Instituto Ethos, aponta que 93,8% dos Conselhos de Administração de empresas brasileiras ainda são compostos por pessoas brancas. Enquanto isso, pessoas negras estão mais no no Quadro Funcional.

Dados da pesquisa também mostram que a baixa representatividade de mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência e das pessoas LGBTI+, continua.

Pesquisa foi feita pelo Instituto Ethos, divulgada nesta semana /Foto: Pexels

Durante o lançamento dos dados, a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, falou sobre a importância do estudo.

O Perfil evidencia que ainda há um nível muito grande de desigualdades de pessoas negras, por exemplo, sobretudo mulheres negras, no ambiente corporativo. O estudo mostra um cenário que merece atenção: na posição de trainee e estágio, há uma quantidade de mulheres muito maior do que em posições de liderança. Ou seja, as empresas trabalham para que essas pessoas sejam contratadas, mas faltam ações para que elas permaneçam e possam crescer na empresa. As pessoas negras comprovam diariamente que são capacitadas para qualquer cargo, isso está mais do que provado, desde que haja oportunidades e a possibilidade de permanência”, destacou.

Além disso o estudo do Instituto Ethos aponta que ao avaliar as empresas brasileiras, é notado um nível de diversidade muito maior nos cargos de entrada, diferente das posições de liderança, o que aponta segundo o texto, um fenômeno denominado “degrau quebrado”, de acordo com a psicóloga Monique Stony.

Observa-se, assim, a prevalência do perfil considerado “padrão na sociedade” (homem branco, sem deficiência, 45 anos ou mais, provavelmente cis e heterossexual), que ainda é a maioria nos principais espaços de tomada de decisão”, diz a pesquisa.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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