De acordo com dados do Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a quantidade de novos estudantes que entraram em universidades federais por meio de cotas, diminuiu. Foram registrados 108,6 mil novos cotistas em 2022, uma queda de 16 mil em relação a 2021.
Isso significa uma redução de 13%, a menor dos últimos dez anos. Também em 2022, foi registrado um aumento de 9% na quantidade de estudantes que entraram na universidade. O número de novos alunos cotistas já havia apresentando queda desde 2019, mas essa foi a primeira vez que a redução acontece junto com um crescimento de novos estudantes matriculados no ensino superior.
Em nota enviada ao jornal O Globo, o Ministério da Educação (MEC) informou que tem se esforçado para fortalecer iniciativas que ajudem na permanência dos estudantes na universidade, como por exemplo, aumentando tanto do valor quanto da quantidade de bolsas de estudo disponíveis. Este ano foram oferecidas mais de 2 mil bolsas para a graduação, destinada a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
De acordo com Grupo de Estudos Multidisciplinar da Ação Afirmativa (Gemaa), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2021, 27% das ações afirmativas nas Universidades Públicas brasileiras possuíam recorte racial.
O grupo também registrou uma queda de vagas reservadas, nessas instituições. Em 2020 foram registradas 146 mil vagas, e em 2021, 132,4 mil. Ou seja, uma queda de 9%.
A Lei de Cotas existe desde 2012 no Brasil, e atualmente, pouco mais de dez anos após ter sido instituída, tem sido discutida em Brasília. Na última semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o PL 5.384/2020, que atualiza a Lei de Cotas, com algumas mudanças e com uma prorrogação da lei até 2033.
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