O 100° Prêmio Nobel da Paz foi concedido ao primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali. O líder teve atuação decisiva para resolver definitivamente o conflito entre o seu país e a vizinha de fronteira, Eritreia. O anúncio do Prêmio foi realizado na sexta-feira (11), em Oslo, Noruega.
Etiópia e Eritreia estavam em conflito há 20 anos, e o tratado feito entre Abiy Ahmed Ali e Isaias Afwerki, presidente da Eritreia, pôs fim ao impasse. Apenas entre 1998 e 2000, 80 mil pessoas morreram em confrontos entre os dois países, que até o acordo de paz conduzido por Abiy Ahmed Ali, não haviam assinado nenhum tratado formal.
Além de buscar a paz entre os países fronteiriços, Abiy Ahmed também buscou fazer reformas profundas em seu pais, segunda maior população da África, sobretudo no campo da justiça social e da economia. Abiy também libertou da prisão ativistas da oposição e permitiu que dissidentes exilados voltassem para o país.
Abiy Ahmed nasceu em Zona Jima, sul da Etiópia, em 1976. Seu pai é muçulmano Oromo e sua mãe cristã Amhara. Abiy é cristão. Sua vida politica comecou em 2010, quando ingressou como membro da Organização Democrática do Povo. Logo depois, foi eleito membro do parlamento Etíope.