PRF diz que depende da Justiça Federal para liberar vias interditadas por caminhoneiros

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) explicou nesta segunda-feira (31) que depende da Justiça Federal para coibir as mais de 100 interdições realizadas por caminhoneiros pelo país (até as 17h desta segunda-feira, 30). De acordo com a PRF a corporação já acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para que esta solicite à Justiça Federal que a interdição das vias pelos manifestantes seja considerada proibida.

Rodovias Federais nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins apresentavam interdições no dia de hoje. As manifestações começaram na noite de ontem por parte de caminhoneiros que protestam contra o resultado das eleições deste domingo (30).

“É importante destacar que a PRF já acionou a AGU em todos os estados onde foram identificados pontos de bloqueio, para obter interdito proibitório na Justiça Federal, objetivando, liminarmente, a expedição de mandado judicial como forma de garantir pacificamente a manutenção da fluidez nas rodovias federais brasileiras”, diz a corporação, explicou a PRF em nota.

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A Polícia Rodoviária Federal disse estar negociando com os manifestantes a liberação das vias desde a noite deste domingo (30). “A PRF encontra-se em todos os locais identificados com efetivo mobilizado nos pontos de bloqueio e permanece trabalhando pelo fluxo livre nas rodovias federais, visibilizando-se o escoamento da produção, assim como o direito de ir e vir dos cidadãos”.

Em vários pontos nenhum carro pode passar. Em outros como na BR 050, em Uberaba/MG, às 14h13 ocorria ainda  uma interdição parcial, causada por paralisação de veículos de carga no KM 176, contudo veículos de passeio e ambulâncias foram permitidos de passar.

Atuação da PRF no domingo de eleições

Neste domingo (30), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes teve de intimar o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, a interromper operações nas rodovias federais que estivessem impedindo eleitores de comparecerem às urnas. Foram registradas 560 operações no país sendo a maioria dessas na região Norte e Nordeste. A ação da PRF descumpria decisão do TSE que havia suspendido tais operações no dia da eleição.