PRF é atacada por bolsonaristas em Novo Progresso no Pará, protesto deixa criança ferida

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Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados por bolsonaristas nesta segunda-feira (07), em Novo Progresso, no Pará. O caso aconteceu nesta manhã durante o desbloqueio de parte da via, que estava interditada por protestos violentos de apoiadores do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, nota-se que objetos foram arremessados em direção à viatura da PRF durante a tentativa de desobstrução de trecho da BR-163. Segundo a corporação, o serviço foi acionado com a finalidade de conter a manifestação, que possui caráter antidemocrático.

Imagens podem ser vistas no vídeo abaixo / Foto: Reprodução Redes

Além de causar danos a um agente do órgão, uma criança também sofreu violência em meio ao confronto. De acordo com a Polícia, a criança (de idade não divulgada) foi levada às pressas para o pronto-socorro ao ter sido intoxicada por gases tóxicos que foram ativados pelos bolsonaristas durante o protesto. A PRF informou que os dois passam bem.

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A concentração que é justificada pelos bolsonaristas devido aos resultados das eleições tiveram início após a derrota de Bolsonaro para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite do último domingo de outubro (30). Após oito dias, o bloqueio de alguns trechos da rodovia federal permanece ativo.

O KM 312, com base no balanço da PRF, foi um dos últimos em que manteve-se interditado. Novo Progresso é a cidade do sudoeste do Pará com a maior concentração de um eleitorado bolsonarista. Somente no segundo turno, o candidato do PL recebeu quase 83% dos votos. 

Na manhã da última sexta-feira (5), o Ministério Público Federal (MPF) determinou que a PRF tomasse providências após bolsonaristas derrubarem uma árvore de 30 metros de altura. A árvore, uma castanheira centenária, é uma espécie rara que corre risco de extinção.

Além da polícia, o MPF também acionou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para atuar sobre o caso e tomar providências a respeito do crime ambiental. O Ministério exigiu que os responsáveis pelo ato fossem identificados e respondessem pelo ato.

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