O município de Nova York pagará cerca de U$13 milhões a centenas de manifestantes que foram presos durante os protestos pela morte de George Floyd, em 2020. De acordo com os advogados dos que moveram a ação, este é o maior acordo de ação coletiva pago a manifestantes nos Estados Unidos.
A cidade concordou nesta quarta-feira (19) em pagar U$9.950 a cada um dos manifestantes presos pela polícia de Nova York nos protestos que ocorreram por volta de 12 dias, entre o final de maio e o início de junho. Foram mais de 1.300 manifestantes presos.
Em um comunicado, Remy Green, que é um dos integrantes da defesa dos manifestantes, disse: “Embora conseguir compensar financeiramente um grande número de manifestantes seja uma imensa vitória a ser comemorada, os contribuintes da cidade precisarão continuar desembolsando milhões enquanto a Prefeitura não parar de se curvar aos caprichos violentos do Departamento de Polícia de Nova York”.
A polícia de Nova York também se manifestou e reafirmou seu compromisso com a segurança do público. “A cidade e o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) continuam comprometidos em garantir que o público esteja seguro e o direito das pessoas à expressão pacífica seja protegido”.
O acordo ainda terá de ser aprovado pela juíza do Tribunal Distrital Colleen McMahon, e consta que essoas presas por outras acusações – como incêndio criminoso ou destruição de propriedade – não poderão entrar no acordo.
George Floyd foi assassinado no dia 25 de maio. George era um homem negro que estava desarmado, e que foi abordado por policiais em Mineápolis. Um dos oficiais se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd por aproximadamente 9 minutos enquanto ele gritava “não consigo respirar”, e o matou.
A morte de Floyd gerou protestos e manifestações por todo o país, alcançando inclusive a NBA e jogadores importantes de basquete, que ameaçaram parar a liga em protesto. Ao redor do mundo mais manifestações também foram feitas contra o racismo e pedindo justiça por George.
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