Presidente Lula afirma que operação no Rio foi desastrosa e que houve ‘matança’

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, definiu como “desastrosa” a operação policial da última terça-feira (28), no Rio de Janeiro, e o presidente completou dizendo que houve “matança”. A megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha na cidade do Rio de Janeiro matou 121 pessoas, dentre elas 4 policiais, de acordo com o Secretário da Polícia Civil. 

Em entrevista a agências internacionais em Belém, o presidente afirma que o ocorrido no Rio de Janeiro será investigado rigorosamente. “Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação. Porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança”, afirma o presidente durante a viagem a Belém (PA). 

Governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, afirma que megaoperação que matou 121 pessoas foi um sucesso. Fonte: Joédson Alves/ Agência Brasil

O governo segue em articulação para que os legistas da Polícia Federal participem do andamento das investigações sobre as mortes ocorridas durante a atividade policial. O Supremo Tribunal Federal (STF) fará audiência nesta quarta-feira, 5, para discutir sobre o caso. 

O governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que a operação foi um sucesso e que as únicas vítimas foram os quatro policiais. A ação gerou grande mobilização do governo, os ministros da Justiça, Igualdade Social e Direitos Humanos viajaram para o Rio para dialogar com o governador do estado. Esse foi o primeiro posicionamento mais rigoroso do presidente sobre o tema. Após a operação, o presidente publicou uma mensagem defendendo o combate ao crime organizado, evitando criticar a atuação do governo do Rio e das forças de segurança estaduais

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, estabeleceu que o governo do Rio de Janeiro preserve elementos de perícia da megaoperação para garantir a autenticidade e validação das provas. Os elementos devem ser preservados para que seja possível o Ministério Público exercer o controle e averiguação da ação policial, e ainda devendo ser garantido o acesso à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro a esses elementos.

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Maria Eugênia Melo

Maria Eugênia Melo

Nortista, de Palmas capital do Tocantins. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins.

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