Presidente do STF ordena retirada da bandeira do Brasil Império hasteada na sede do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul

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Nota emitida pelo órgão diz que a "homenagem foi determinada pelo presidente do TJMS, Des. Carlos Eduardo Contar. — Foto: TJMS/Reprodução

Uma bandeira do Brasil Império foi hasteada na sede do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), em Campo Grande, nesta segunda-feira (6). A ação foi determinada pelo presidente do órgão, desembargador Carlos Eduardo Contar. Horas depois o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux, determinou a retirada da bandeira.

A ordem de Fux atende ao pedido em representação de membros do CNJ diante da conduta do presidente do TJMS, desembargador Carlos Eduardo Contar, que, ordenou o hasteamento da bandeira do Brasil império entre os dias 6 e 10 de setembro e divulgou o ato como celebração ao Dia da Independência.

A decisão considera que a bandeira hasteada não se insere entre os símbolos oficiais do Poder Judiciário brasileiro e, ainda, a necessidade de manutenção da neutralidade e imparcialidade do tribunal local. “A manutenção da situação relatada tende a causar confusão na população acerca do papel constitucional e institucional do Poder Judiciário, na medida em que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul pretende diminuir os símbolos da República Federativa do Brasil”, afirma Fux em sua decisão.

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A Constituição Federal estabelece a República como forma de governo no Brasil e o presidencialismo como sistema de governo. Além disso, a representação cita reiteradas manifestações públicas do magistrado com motivações político-partidárias, como na solenidade de sua posse na presidência do TJMS, no início do ano.

Em nota oTJMS informou que a bandeira do Brasil Império traz significados relacionados com o período monárquico.

“O verde remete à Casa de Bragança, dinastia de Dom Pedro I, primeiro imperador do Brasil. Já o amarelo remete à Casa de Habsburgo, dinastia da primeira esposa de Dom Pedro, Imperatriz Dona Leopoldina”, afirma.

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