O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto foi exonerado nesta quarta-feira (23). Ele deixa o cargo em meio a uma ação articulada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF) expôs um esquema irregular relacionado ao sistema previdenciário, com perdas estimadas em mais de R$ 6,3 bilhões no período de 2019 a 2024.
A operação batizada de ‘Sem Desconto’ tem como alvo entidades sindicais e associações que firmaram parcerias formais com o INSS. Esses acordos autorizam, mediante consentimento dos aposentados e pensionistas, o abatimento de mensalidades diretamente do valor recebido no benefício previdenciário.

No entanto, uma verificação realizada pela Controladoria-Geral da União em 29 dessas organizações revelou que muitas delas não dispunham da infraestrutura necessária para oferecer os serviços prometidos, como parcerias com academias, convênios médicos e assistência em caso de falecimento.
De acordo com apuração da Folhapress, após ser informado pelas lideranças da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União sobre detalhes das apurações, o presidente Lula determinou, ainda pela manhã, que o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, providenciasse a saída de Alessandro Stefanutto do comando do INSS.
Mais tarde, por volta das 16h, Stefanutto anunciou que havia solicitado sua saída. A exoneração foi oficializada em uma edição extra do Diário Oficial publicada na noite da quarta-feira (23), sem mencionar que o afastamento tenha partido dele.
Segundo apuração do Brasil 247, fontes ligadas ao Planalto afirmam que o presidente Lula demonstrou insatisfação com a postura do ministro Carlos Lupi, por considerar que ele poderia ter adotado medidas antecipadas diante dos sinais de irregularidades. Stefanutto, que foi afastado por decisão direta de Lula, havia assumido o comando do INSS com o aval de Lupi, que reconheceu publicamente, em entrevista nesta quarta-feira, ter sido o responsável por sua indicação.
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