Pela primeira vez em 30 anos, população parda é o maior grupo étnico-racial do Brasil, aponta IBGE

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Segundo dados do Censo 2022, o número de brasileiros que se declaram pardos, no Brasil, é o maior desde 1991, superando o número de pessoas brancas. De acordo com as informações divulgadas nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, 92,1 milhões de pessoas se reconheciam pardas.

Já a quantidade de pessoas que se declararam brancas, foi de 88,3 milhões. Comparando as porcentagens de 2010 e 2022, o número de pessoas brancas no Brasil foi de 47,7% para 43,5%, enquanto que o de pessoas pardas foi de 43,1% para 45,3%. A população que se declara preta e indígena também aumentou no período.

De 2010 a 2022, a população preta saiu de 7,6% para 10,2%, representando no último ano então 20,7 milhões de pessoas. Já a população indígena foi de 0,4% em 2010, para 0,6% em 2022, alcançando 1,7 milhão de pessoas.

A quantidade de pessoas negras, pardas e indígenas aumentou nos últimos anos, segundo o Censo do IBGG de 2022 — Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

No Censo realizado em 1872, o primeiro da série histórica, a população parda era 38,3%, levemente superior à branca (38,1%). Ao longo dos anos o padrão foi mudando, até que em 1940 a quantidade de pessoas que se declaravam branca foi a maior até então: 63,5%. Neste ano, os pardos atingiram a menor participação na população brasileira: 21,2%.

A quantidade de pessoas que se declaram amarelas, ou seja, de origem oriental, também caiu. No Censo anterior era de 1,1%, e no último foi para 0,4%, somando 850 mil pessoas. 

De acordo com o IBGE, a coleta é feita por autodeclaração, e que nesse caso, o conceito de raça é utilizado como categoria socialmente construída na interação social, e não como conceito biológico.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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