População brasileira reconhece que pobres são mais afetados por mudanças climáticas, diz pesquisa

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Uma pesquisa realizada pelo instituto IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), mostra que a maioria da população brasileira reconhece que pessoas mais pobres são mais afetadas por eventos climáticos extremos. A pesquisa divulgada pelo Greenpeace nesta terça-feira (10), mostra que Para 62% dos entrevistados, pensam assim.

O estudo, que ouviu 2 mil pessoas, mostra que os entrevistados tem pouca confiança no poder público para redução de impactos de desastres. O levantamento considerou a realidade da população brasileira nas categorias de gênero, local onde vive, classe social, escolaridade entre outros dados. Para 36% dos entrevistados, os eventos climáticos extremos afetam pessoas pobres e pessoas ricas da mesma forma.

Morro da Oficina, em Petrópolis local mais atingido pela enchente há um mês
Desabamento em Petrópolis , após fortes chuvas /Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A peaquisa também revela que a sensação de insegurança em caso de evento climático extremo é maior entre pessoas negras, sendo 65% entre pessoas que se declaram pardas, 61% entre pretas e 60% entre brancas. O estudo também abordou a confiança das pessoas, nos órgãos públicos.

Segundo os dados colhidos pelo estudo, 67% dos entrevistados não confiam nada ou confiam pouco em suas prefeituras. Os dados, neste caso, também revelam diferença entre negros e brancos. Cerca de 72% das pessoas negras (pretas e pardas) desconfiam das prefeituras, enquanto entre brancos esse número é de 63%.

A pesquisa também mostrou quais principais os problemas percebidas pelos entrevistados. Saúde, educação, desemprego ou poucas oportunidades de trabalho, crime, falta de segurança, violência e transporte público, foram categorias que apareceram nos problemas mais percebidos pelos questionados.

Entre as ações mais eficazes contra eventos extremos, estão:

  • Apareceu em primeiro lugar com 33% – Melhor infraestrutura para drenagem das águas das chuvas, como construção, melhoria ou limpeza de valas, canais e esgoto apareceu com 33%
  • Em segundo lugar com 20 % – Melhores políticas de moradia, como construção de habitações em áreas seguras ou auxílio moradia para a população
  • Em terceiro lugar com 19% – Melhores estruturas de saneamento básico e limpeza urbana
  • Em quarto lugar com 12% – Mais investimentos em órgãos como bombeiros e Defesa Civil ou em centros de gerenciamento de emergências
  • Em quinto lugar com 7% – Aumento de áreas verdes como parques, praças etc
  • Em sextou lugar com 3% – Diminuir ou restringir a circulação de automóveis em algumas regiões da cidade
  • 5% não sabem ou não respondeu e 2% acha que nenhuma das opções acima mais eficazes

Leia a pesquisa na íntegra neste link.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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