A polícia prendeu 4 suspeitos por um roubo de carga, avaliada em R$7 milhões, de toxina botulínica, o botox, no Aeroporto Internacional de São Paulo. Entre os suspeitos, dois são funcionários da transportadora responsável pela carga da substância usada em procedimentos estéticos para diminuir rugas e marcas de expressão.
O crime ocorreu em 6 de junho e a operação da quadrilha durou cerca de quatro horas sem levantar suspeitas. A polícia suspeita do envolvimento direto de funcionários da transportadora e do aeroporto no roubo da carga. Segundo o delegado João Carlos Miguel Hueb, que investiga o caso, os depoimentos têm contradições. “Vimos que muita coisa do que eles disseram era fantasiosa”.
Em nota, a empresa que administra o aeroporto afirmou que os roubos não ocorrem dentro do terminal de cargas e que os acessos ao local seguem critérios rigorosos. A carga foi encontrada após cinco dias do roubo, em câmara fria de um mercadinho em Embu das Artes, devido o rastreamento.
Roubo da carga
Os assaltantes chegaram em um caminhão pequeno, esperaram a movimentação da carga que vinha da Holanda e abordaram o motorista no estacionamento, segundo o boletim de ocorrência, nesse momento um dos suspeitos mostrou estar armado e anunciou o assalto. A carga de botox foi transferida em 40 minutos para o veículo dos criminosos e imagens da câmera de segurança mostram que os envolvidos agiram com tranquilidade, em determinado momento um dos assaltantes aparece ajudando o motorista a manobrar.
As câmeras também revelam que após a transferência de carga para o caminhão dos assaltantes, eles seguiram em comboio para a saída do aeroporto e que o suposto refém, funcionário da transportadora, aparece caminhando tranquilamente pelo local e depois foi transportado juntamente com o motorista em um carro que acompanhava a carga.
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