O instrutor de surfe Matheus Ribeiro, de 22 anos, acusado injustamente de roubo por Tomás Oliveira e Mariana Ribeiro Spinelli, no sábado (12), teve sua bicicleta apreendida por policiais da 14ª DP (Leblon). O jovem passou a ser investigado pela polícia do Rio de Janeiro por receptação, após constatação de que ele comprou uma bicicleta furtada. Segundo Matheus, ele comprou a bicicleta em um site na internet, no dia 1º de abril, mas não possuía a nota fiscal, apresentando assim, uma foto de uma transação financeira e chaves, que de acordo com a polícia, são falsificadas com o logotipo de uma marca de motocicleta.
Em meio às apurações da denúncia de racismo e calúnia, cometidas por Tomás e Mariana, a Polícia Civil identificou que a bicicleta usada por Matheus era furtada, com base na comparação entre as chaves originais e a cópia usada pelo instrutor de surfe, “visivelmente adulterada de uma moto Honda”. Em depoimento prestado a delegada Natacha Alves de Oliveira, ele afirmou ter adquirido a bicicleta elétrica por meio de um site de classificados online, pelo valor de R$ 3.600. Ele contou ainda ter encontrado com o vendedor em um shopping na Zona Norte do Rio, mas apesar de ter pedido a nota fiscal, não a recebeu. O equipamento teria três meses de uso, segundo ele, e fora revendido a esse homem por um morador de Campos, no Norte Fluminense. Matheus disse também ter feito o pagamento com o cartão de crédito da namorada, Maria Elisa Sales Faes, e apresentou um comprovante da transação.
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Em nota a polícia disse que “a bicicleta elétrica utilizada por Matheus Ribeiro foi apreendida por ser produto de furto e será devolvida ao seu legítimo proprietário. Posteriormente, Matheus apresentou na delegacia um comprovante em nome da namorada no valor de R$ 3.600, preço bastante inferior ao de mercado”. De acordo com a polícia, a pessoa que vendeu a bicicleta já foi identificada e também será investigada por receptação de produto roubado.
Ainda segundo a polícia, o vendedor, cujo nome não foi divulgado, disse que vendeu a bicicleta por valor abaixo do preço por não possuir a nota fiscal do veículo. A polícia descobriu que a bicicleta havia sido roubada em fevereiro, em Ipanema, na zona sul do Rio, e procura o autor do crime. “Pelo fato do casal ter afirmado no caso inicial de se tratar de bicicletas idênticas, assim como as trancas, foi realizada perícia a fim de comparar os veículos e constatar a tipificação do crime: calúnia, racismo, ou qualquer outro”, disse a Polícia Civil.
Sobre o caso
No sábado (12), quando Matheus Ribeiro esperava a namorada na frente do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. Tomás Oliveira e Mariana Ribeiro Spinelli se aproximaram do rapaz e o acusam de ter pego a bicicleta. O professor de surfe nega mas, sem o menor pudor, Tomás tenta abrir o segredo do cadeado da bicicleta e não consegue.
A delegada do caso, Natacha Alves de Oliveira, tipificou o casal com o crime de calúnia. Mariana e Tomás foram demitidos de seus empregos após a repercussão do caso e até o momento não se manifestaram publicamente. Ela trabalhava no estúdio de dança Espaço Vibre e ele era designer na papelaria Papel Craft.
Segundo a vítima, esse tipo de atitude é a prova de um comportamento comum dos racistas. Uma vez que, por mais que a moça branca não tivesse a menor ideia de quem furtou a bicicleta dela, a primeira coisa que pensou é que algum negro tinha levado. Essa semana, o autor do roubo da bicicleta de Mariana foi identificado como Igor Martins Pinheiro, 22 anos, jovem branco, morador de Botafogo, na Zona Sul do Rio.
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