O atirador que matou uma estudante durante ataque na manhã da última segunda-feira (26), na Escola Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no oeste da Bahia, usou o revólver do próprio pai – um subtenente aposentado da Polícia Militar da Bahia – na ação.
Nesta terça- feira (27), em entrevista ao G1, o delegado Rivaldo Luz afirma que o adolescente permanece hospitalizado, sob custódia e seu estado de saúde é estável, apesar de grave. A arma utilizada no ataque estava sob cuidados do pai, que pode responder pelo caso.
“O dever de cautela é do portador da arma, que é quem tem a autorização legal. Vamos avaliar com bastante calma, junto com outros delegados que também estão trabalhando no caso, para que a gente possa fazer as coisas com bastante serenidade, com bastante cuidado, para conseguirmos chegar a um final comum”, explica o delegado.
As investigações da polícia apontam que a vítima, Geane Brito, de 19 anos, não era alvo principal do adolescente, a sua morte foi devido ao golpe de um facão. O velório aconteceu na manhã desta terça-feira.
“O sentimento não é de culpado, porque um pai não se sente culpado em um momento desse. Se eu estivesse na hora, eu me atravessava na frente da bala para salvar minha filha. Eu peço desculpa a vocês, porque é triste, um pai está na frente de uma situação dessa, é dolorido”, comenta José ferreira, pai de Geane que se emociona ao lembrar da filha.
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Em detalhes, a polícia continua as apurações através de publicações racistas feitas pelo adolescente na internet e afirma a sua participação em outros ataques praticados em outros estados. “Ele é aluno introspectivo, conversava pouco, gostava de usar roupas pretas, de fazer comentários racistas na suas escritas. Então nós entendemos que ele programou tudo isso”, comenta Rivaldo.
Além disso, o delegado responsável pelo caso complementa que o colégio não possui câmeras internas de segurança, o vídeo registrado pelos alunos e moradores do lado de fora que vão contribuir para identificar como funcionou o ocorrido.
De acordo com o delegado, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e a Justiça já foram informados sobre o ataque e aguardam a alta médica do adolescente para que seja apreendido e o depoimento seja feito para auxiliar na investigação.
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