Fonte: Jornal de Angola
A Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR) fechou as portas de sete principais templos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), na capital Luanda, na última semana. A decisão veio após uma reunião que durou três horas e reuniu membros Procuradoria-Geral da República, do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e representantes do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos e da própria Igreja Universal do Reino de Deus. Nas igrejas fechadas também estão suspensas as atividades religiosas, por haver indícios de prática de crimes de associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícitas de capitais, abuso de poder a e outros atos criminosos.
Desde novembro de 2019, quando pastores angolanos acusaram a Iurd de desviar recursos para o exterior, discriminar funcionários locais e de esterilizar sacerdotes africanos, autoridades angolanas investigam a atividade da Igreja Universal no país.
O conflito entre membros brasileiros e africanos da Iurd intensificou-se em junho deste ano, quando pastores e bispos envolveram-se numa intensa troca de acusações e agressões físicas. Na ocasião, 320 pastores e bispos angolanos denunciaram irregularidades, abortos forçados e racismo.
Constam ainda acusações de proibição às mulheres de pastores de terem acesso à formação acadêmico-científica e técnico-profissional, irregularidades no pagamento da segurança social e falta de projeto de desenvolvimento pastoral e formação teológica.
“Até que se tome uma decisão final em Tribunal, os patrimônios apreendidos ficam sob nossa responsabilidade. Estamos aqui apenas para cumprir ordens da Justiça”, declarou Castro Maria, director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR). Castro Maria negou que esta seja uma ação para acabar com a Iurd.
A Universal é comandada pelo bispo brasileiro Edir Macedo e, atualmente, possui cerca de 10 mil templos, em mais de 100 países. Ao todo, a Universal tem mais de 500 mil fiéis, somente em Angola.
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