A Polícia Federal realizou uma operação nesta terça-feira (30) que teve como alvos o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, e a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), em investigação sobre suspeitas de crimes eleitorais no estado de Roraima. A ação envolveu o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão em endereços no estado e no Rio de Janeiro, incluindo a sede da CBF. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 10 milhões das contas dos investigados.
A apuração da PF começou em setembro de 2024, após a prisão em flagrante do empresário Renildo Lima, marido da deputada. Segundo apuração do jornal Extra, ele foi detido com dinheiro escondido na cueca, após uma denúncia relacionada à compra de votos em Boa Vista, capital roraimense. Na mesma ocasião, outras cinco pessoas foram presas, entre elas dois policiais militares, que estavam de folga e atuavam como seguranças particulares dos envolvidos e de seus bens.
Na época, a defesa da deputada informou, por meio de nota, que Renildo havia participado de audiência de custódia e apresentado comprovação da origem lícita dos valores em sua posse, bem como do destino planejado para o montante.

A CBF se manifestou sobre o caso afirmando que a operação da Polícia Federal não possui qualquer relação com a entidade nem com o futebol brasileiro. Disse ainda que Samir Xaud não é o foco principal das investigações. Em nota oficial a CBF disse:
“A CBF esclarece que, até o momento, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação. Nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes. O Presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”, afirmou a entidade.
Em setembro, após a prisão de seu marido, Renildo, a parlamentar publicou uma mensagem em que defendia que ele estava movimentando recursos de suas próprias empresas e que não haveria ligação com a compra de votos. Ela afirmou: “Agora devemos fechar as empresas em período eleitoral? Só o que faltava”.
Renildo Lima é proprietário da empresa de transporte rodoviário Asatur e da Voare, companhia de táxi aéreo que presta serviços ao governo federal em voos com destino à Terra Indígena Yanomami.
Samir Xaud é filiado ao MDB de Roraima e integra o mesmo grupo político de Helena. Antes de assumir a presidência da CBF, ele foi candidato a deputado federal, mas não conseguiu se eleger.
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