Uma das sequelas deixadas pela pandemia da Covid-19 foi o aumento das doenças psicológicas em jovens e adultos. O reflexo disso é relatado na pesquisa realizada pela Nova Escola, organização que atua para apoiar professores da educação básica. Ao todo, segundo o levantamento, 65,8% dos professores relatam que notaram aumento da agressividade dos alunos após a pandemia.
Para 50,6% dos professores, um dos motivos do aumento na agressividade é a quantidade de doenças psicológicas em decorrência do isolamento social, imposta pela pandemia, enquanto 46% acreditam que o agravamento da vulnerabilidade das famílias é a principal causa da violência dos alunos. Por outro lado, 16,1% dos professores alegaram que a localização das moradias dos alunos interferem no aumento da agressividade.
Além disso, 97,9% dos professores também afirmam que esse aumento da agressividade atrapalha o rendimento escolar dos estudantes. O estudo, realizado nas cinco regiões brasileiras, com 5.305 professores, revela também que 22,9% do corpo docente relatou episódios de violência pelo menos uma vez por semana nos locais que lecionam, e 23,4% acusam mais de uma ocorrência de violência nas instituições de ensino.
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Orientação Estatal
De acordo com a pesquisa, 51% dos professores não receberam nenhum tipo de orientação por parte de secretarias de educação, ou órgãos que regulam a educação nos Estados, para saber como lidar com casos de violência dos estudantes.
A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 22 de julho, e participaram da pesquisa profissionais da educação básica, do infantil ao ensino médio, das redes públicas e privadas de ensino.
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