Operações ambientais desmontam garimpos ilegais e revelam contaminação por mercúrio em floresta nacional no Pará

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Entre os dias 13 e 16 de julho, uma força-tarefa composta por agentes da Polícia Federal, ICMBio, Ibama e da Força Nacional desmantelou duas grandes áreas de garimpo ilegal no Pará, localizadas em regiões de floresta protegida. As ações ocorreram na Floresta Nacional de Itaituba, no sudoeste do estado, e na região de Igarapé Gelado, em Parauapebas, no sudeste paraense, onde a exploração se estendia por cerca de 8 km dentro da Floresta Nacional de Carajás.

Na operação mais recente, realizada na terça-feira (16), os agentes encontraram um verdadeiro complexo de mineração clandestina em plena área de preservação. Escavadeiras, balsas e estruturas improvisadas estavam sendo utilizadas para a extração predatória de ouro. De acordo com o ICMBio, além do desmatamento e da degradação do solo, o impacto mais alarmante foi identificado nos cursos d’água: o mercúrio, empregado no processo de separação do ouro, estaria contaminando o Rio Azul, um dos principais afluentes do Itacaiúnas, que deságua no Rio Tocantins.

A área impactada é considerada uma das mais ricas em biodiversidade da Amazônia. Técnicos ambientais alertam que a presença de mercúrio representa riscos graves não apenas à fauna aquática, mas também às comunidades ribeirinhas que utilizam a água para consumo, pesca e alimentação. Segundo os especialistas envolvidos na operação, os danos podem persistir por anos, mesmo após a interrupção das atividades ilegais.

Força tarefa derruba garimpos na floresta Nacional de carajás e Itaituba, que poluíam rios com mercúrio e ameaçava biodiversidade – Foto: Polícia Federal/divulgação.

Na região de Itaituba, a situação também era crítica. Máquinas pesadas operavam de forma oculta em áreas isoladas da floresta, causando desmatamento e poluição hídrica. Todas as estruturas encontradas foram destruídas no local, conforme previsto em ações de flagrante em unidades de conservação federais.

As autoridades informaram que inquéritos policiais foram abertos para apurar os responsáveis pelos crimes ambientais e pela exploração ilegal dos recursos naturais. Até o momento, não houve prisões, mas os órgãos envolvidos seguem investigando possíveis financiadores das atividades de garimpo.

As operações fazem parte de uma mobilização contínua para conter o avanço da mineração ilegal na Amazônia. A expectativa é de que novas ações sejam realizadas nos próximos meses, com reforço no monitoramento e na vigilância de áreas protegidas. O objetivo central é impedir o retorno das atividades criminosas e preservar os ecossistemas ameaçados.

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Marcela Soares

Marcela Soares

Marcela Soares acadêmica de Publicidade e Propaganda Paraense, atuante em fotografia e produção de conteúdo comunicando o Norte com sotaque e essência apaixonada por cinema, moda, fotografia e boas leituras traduzo sentimentos em imagens e expresso estilo com autenticidade.

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