Nesta segunda-feira (19) o Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, amanheceu com mais uma operação realizadas pelas polícias Civil e Militar. Essa que já é a 24ª operação este ano, na comunidade, deixou 24 unidades escolares impactadas, segundo a Secretaria Municipal de Educação, além de duas unidades estaduais, deixando cerca de 900 alunos sem aula.
Acesse nosso Grupo de WhatsApp clicando aqui.
Segundo moradores nas redes sociais, a operação já começava por volta das 5h da manhã. O impacto de operações no calendário escolar já foi assunto de um ofićio do Ministério Público Federal (MPF) enviado à Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC). No documento o MPF soliciata informações sobre as formas de reparo desses danos a nível nacional.
Além disso, junto das polícias, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) também participou da incursão na demolição de imóveis na comunidade, gerando revolta nos moradores, que protestaram nas vias próximas.
Os protestos foram tanto na Avenida Brigadeiro Trompowski, na altura do BRT da Maré, sentido Ilha do Governador, imapctando nos serviços de transporte, e tanto na Linha Vermelha sentido Baixada.
Com a operação, os serviços de saúde também foram impactados. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva fechou as portas, por segurança. Já a Clínica da Família Diniz Batista dos Santos mantém o atendimento à população, mas suspendeu atividades externas, como as visitas domiciliares.
Além da Maré, Cidade de Deus, na Zona Oeste, também amanheceu com operação policial. Segundo a nota dos agentes, duas pessoas foram baleadas.
Leia também: MPF solicita reposição de aulas perdidas por operações policiais no Rio