Em nova pesquisa, IBGE inclui perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero

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Esta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o início da coleta das informações de sua Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) 2023, com uma novidade. Pela primeira vez o instituto inclui na pesquisa, perguntas sobre identidade de gênero e orientação sexual para entrevistados com 18 anos ou mais.

O IBGE afirmou que as perguntas foram introduzidas por conta da “demanda da sociedade civil” e que o órgão “ratifica a importância de sua captação”. A pesquisa, de acordo com o órgão, vai focar na saúde reprodutiva das mulheres e dos homens e na saúde e na nutrição na infância.

O IBGE faz as perguntas pela primeira vez /Foto: Tânia Rêgo – Agência Brasil

Em 2019, o IBGE já havia feito uma pergunta sobre a orientação sexual dos brasileiros, em um módulo de outra pesquisa, a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) que mostrou que 95% da população brasileira se declarava heterossexual , 1,13% homossexual e 0,69% bissexual. Mas não recolheu dados sobre pessoas trans.

As perguntas sobre identidade de gênero e orientação sexual só não foram colocadas na atual pesquisa, por conta das limitações de tempo e orçamento, uma decisão que foi alvo de discussões e ações judiciais.

Nesta pesquisa, o grupo será contemplado. O órgão também vai perguntar sobre o “sexo de nascimento”, e não apenas o “sexo” da pessoa. Além disso, o IBGE também comunicou que ao longo do estudo, mulheres vão entrevistar mulheres, e homens vão entrevistar homens. O objetivo, disse o IBGE, é garantir que os informantes “respondam confortavelmente sobre temas da pesquisa”.

A pesquisa vai acontecer ao longo dos próximos quatro meses, e a previsão da divulgação dos dados é para o quarto trimestre do próximo ano. Serão aproximadamente 133 mil domicílios visitados, distribuídos em mais de 2.500 municípios do Brasil.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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