O pai de Neymar foi a público ontem (27) para defender o filho de comentários sobre assédio sexual supostamente praticado pelo atacante do PSG. A empresa Nike rompeu contrato com o jogador, em agosto do ano passado, em meio a uma investigação sobre o suposto assédio sexual cometido por ele. Em entrevista, o pai de Neymar nega que filho tenha cometido tal ato e que o contrato com a Nike tenha sido encerrado após a denúncia de assédio. “O contrato da Nike foi rompido unilateralmente por falta de pagamento. Não tem nada a ver com isso (assédio)”, declarou o pai de Neymar.
O caso ocorreu em 2016, e de acordo com a funcionária da Nike, o incidente aconteceu quando Neymar tentou forçá-la a praticar um ato sexual em um quarto de hotel enquanto estava na cidade de Nova York. A funcionária que não teve a identidade revelada, ajudava a coordenar eventos e a logística para o jogador e sua comitiva, segundo documentos e amigos da vítima.
“A investigação foi inconclusiva. Não emergiram fatos suficientes que nos permitam falar substancialmente sobre o assunto. Seria inapropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem poder oferecer fatos que a suportem. A Nike encerrou sua relação com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações críveis de uma funcionária. Continuamos respeitando a confidencialidade da funcionária e reconhecemos que essa tem sido uma longa e difícil experiência para ela”, afirmou a empresa em nota. Segundo Hilary Crane, conselheira geral da Nike, ao jornal norte-americano “Wall Street Journal”, a empresa encerrou contrato com Neymar pois o atleta não estava cooperando com a investigação.
“Muito estranho, todos saem da Nike e são acusados assim. Muito estranho, isso aconteceu com o Cristiano Ronaldo, com o cara lá do basquete que morreu, o Kobe [Bryant], eles passam a ser denegridos, como o Neymar está sendo acusado falsamente agora. Se a Nike quer chantagem, armação, vamos para cima da Nike então”, disse o pai do Neymar, na entrevista à GloboNews.
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Sobre o caso
Naquela noite do ocorrido, em 2016, o grupo que coordenava a logística do evento foi a uma boate para comemorar e, de acordo com o “Wall Street Journal”, funcionários do hotel onde Neymar estava hospedado pediram ajuda à mulher e outro representante da Nike para que levassem o atacante ao seu quarto, pois ele estava alcoolizado.
Ao entrar no local, a funcionária vítima de assédio afirma ter tido um breve momento sozinha com o atacante, que a impediu de sair do quarto. Neymar teria tirado a cueca e a forçado a praticar um ato sexual no quarto de hotel. Neymar nega a acusação e segundo sua porta-voz, o rompimento com a Nike se deu por motivos comerciais “Neymar Jr. se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados caso alguma reclamação seja apresentada, o que não aconteceu até agora”, disse ela em nota.