Fonte: AFP / Reuters
A americana Amy Cooper, que em maio deste ano acusou falsamente um homem negro de ameaçar sua vida no Central Park, pode pode pegar até um ano de prisão por falsa comunicação de crime. A Promotoria distrital de Manhattan anunciou, nesta segunda-feira (06), já ter indiciado a mulher.
O promotor Cy Vance disse que Amy Cooper, de 41 anos, será acusada formalmente pelo incidente, que foi capturado em vídeo e viralizou, provocando um debate nacional sobre o “privilégio branco”.
“Hoje nosso escritório iniciou a acusação a Amy Cooper por relatar falsamente um incidente de terceiro grau. Estamos firmemente comprometidos a responsabilizar os violadores dessa conduta”, disse Vance em nota. Se for considerada culpada, Cooper pode pegar até um ano de prisão. No dia 14 de outubro, Amy deverá comparecer pela primeira vez perante um juiz.
Em 25 de maio, no mesmo dia do assassinato de George Floyd, Amy Cooper passeava com o cachorro, que estava sem coleira, pela The Ramble, uma área arborizada do Central Park, popular entre observadores de pássaros e onde os cães devem ser mantidos na coleira. Christian pediu que Amy colocasse seu cachorro na coleira e ela se recusou.
Foi então que Christian Cooper ofereceu ao cachorro alguns biscoitos e se aproximou dele. A mulher começou a gritar e ameaçá-lo, e Christian começou a filmá-la. O vídeo postado no Twitter se tornou viral, e foi visto mais de 45 milhões de vezes.
“Vou dizer a eles que há um homem afro-americano ameaçando a minha vida”, diia a mulher enquanto ligava para o 911.
“Há um homem afro-americano aqui, eu estou no Central Park. Ele está me filmando, me ameaçando e ameaçando meu cachorro”, relatou a mulher ao telefonista. Posteriormente, ela foi demitida do seu emprego na empresa de investimentos Franklin Templeton.
Ela foi acusada de colocar em risco a vida de Christian Cooper, tentando manipular o sistema a seu favor, sabendo que a polícia às vezes usa da brutalidade contra negros.