Mulher que disse odiar preto em lanchonete no Rio é indiciada por racismo e mais dois crimes

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Amanda Queiroz Ornela, que ofendeu um jovem dizendo que “odiava preto”, em uma lanchonete em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, foi indiciada. A Polícia Civil concluiu, na última terça-feira (29) o inquérito sobre o caso que aconteceu no fim de julho. A mulher que se apresentou como médica, vai responder por três crimes diferentes.

Além de ser indiciada por racismo, ameaça e falsidade ideológica. De acordo com o delegado da 35ª DP ( Campo Grande), que é responsável pela decisão, Amanda cometeu o delito de racismo contra o jovem Matheus da Silva Francisco, de 22 anos.

“Concluímos a investigação do crime de racismo que aconteceu no McDonald’s em Campo Grande e indiciamos a autora pelo crime de racismo, pelo crime de falsidade ideológica porque ela se identificou como médica no local e indiciamos por ameaça, já que ela falou que tinha auxílio da milícia, com o intuito de ameaçar a vítima. Relatamos e encaminhamos para a Justiça”, disse o delegado Vilson de Almeida.

Ele também afirma que Amanda será processada judicialmente podendo ser condenada em até dez anos de prisão.

Mulher que se identificou como Amanda Queiroz Ornela vai responder por racismo e outros dois crimes — Foto: Reprodução/TV Globo

Tudo aconteceu quando Amanda disse que a fila do caixa foi furada. Matheus e algumas pessoas começaram a gravar a discursão. O momento exato da primeira ofensa não foi registrado. Mas durante a filmagem divulgada, Amanda fala: “Odeio preto. Odeio preto. Sou obrigada?“.

Clientes precisaram impedir Amanda de sair, até a chegada da Polícia. Na delegacia Amanda alegava que era médica. “Vão me segurar, tô devendo a ele, beleza, tô errada, show… vamos para a sentença, mas pô, me segurar aqui tá errado”, disse.

Quando um policial questiona se ela realmente era médica. “Médica psiquiatra, porque para ser psiquiatra tem que ser médica, filho, 8 anos”, respondeu. Porém, a mulher não possui nenhum registro no Conselho Regional de Medicina (Cremerj). Depois de ser questionada, Amanda admitiu que mentiu. Ela trabalha em uma farmácia como auxiliar administrativo, e afirma que disse que era médica porque uma mulher disse que era advogada.

Sobre o momento do vídeo em que diz “ser casada com milícia”, Amanda afirma que só falou isso por medo de ser agredida.

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