“Odeio preto”, diz mulher acusada de racismo em lanchonete no RJ

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Um caso de racismo que aconteceu nesta segunda-feira (31), durante a madrugada, está sendo investigado pela Polícia Civil do RJ. O episódio ocorreu em uma loja do McDonald’s, localizada em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Parte da discursão foi filmada pela vítima e por testemunhas.

A agressora identificada como Amanda Queiroz reclamou que a fila do caixa foi furada, e começou a discutir com Mattheus da Silva Francisco, de 22 anos, até gritar falas racistas. “Odeio preto. Odeio preto. Sou obrigada?”, disse a mulher. O jovem prestou queixa na 35ª DP (Campo Grande), e a mulher foi levada para a delegacia.

Mulher que se identificou como Amanda Queiroz Ornela vai responder por racismo — Foto: Reprodução/TV Globo

Após as testemunhas questionarem o ato, ela respondeu que o ato racista “não da em nada” porque, segundo ela, é casada com um miliciano. Amanda também disse que é formada em medicina. “Médica psiquiatra, porque para ser psiquiatra tem que ser médica, filho, 8 anos”, disse Amanda.

Mas os policiais desmentiram a informação, já que o Conselho Regional de Medicina (CREMERJ) afirmou que não localizou nenhum registro em nome dela.

A polícia informou que as filmagens foram incluídas no procedimento investigatório. Os funcionários do estabelecimento serão ouvidos e as imagens das câmeras de segurança serão submetidas para investigação. O momento da primeira ofensa não foi gravado.

Amanda negou as acusações, depois manifestou o desejo de ficar em silêncio.

Os dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, apontam um crescimento de 67% em casos de racismo no Brasil, os de injúria aumentaram 32,3% entre os anos de 2021 e 2022. O Rio de Janeiro lidera a lista dos estados com mais caso de racismo. Em um ano os registros de racismo pulou de 168% para 322 (91,6).

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