Um novo estudo desenvolvido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançado na última segunda-feira (13), inclui as mudanças climáticas, diversas formas de desigualdades e conflitos em lista que alerta para as ameaças ao futuro das crianças neste ano. A lista é feita anualmente, junto com propostas de como reduzir os potenciais danos.
De acordo com o relatório, as crianças são as mais afetadas, de mandeira desprorpocional pelos efeitos das mudanças climáticas, “com efeitos duradouros e muitas vezes irreversíveis em seu desenvolvimento, saúde, educação e bem-estar“, segundo a agência da ONU. O mesmo é apontado sobre os diferentes conflitos espalhados pelo mundo.
“Para abordar a intersecção crítica entre ação climática e direitos da criança, é necessária uma ação para garantir que as estruturas de políticas nacionais incorporem mais explicitamente os direitos da criança por meio de compromissos, cronogramas e alocações de financiamento dedicados“, diz o relatório da Unicef.
A ONU aponta que atualmente o mundo possui o maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 473 milhões de menores afetados, vivendo nesses territórios. O número duplicou se comparado com a década de 1990. Enquanto naquela época a porcentagem de crianças vivendo em áreas de guerra era de 10%, atualmente é de 19%.
O aspecto financeiro também é abordado como um fator de risco para as crianças, por conta da desigualdade social delas e dos países. O Unicef aponta que cerca de 400 milhões de menores de idade vivem em países com alto nível de endividamento, e que por isso defende que em 2025 “decisões críticas sejam tomadas sobre a reforma do sistema financeiro global, em favor das crianças“.
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