Movimentos negros lançam site de campanha por indicação de ministra negra ao STF

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Uma aliança de organizações do movimento negro brasileira lançou nesta quinta-feira (31) um site, que tem por objetivo pressionar o presidente Lula (PT) a a indicar uma mulher negra para o Supremo Tribunal Federal (STF). Nele, o público pode enviar um e-mail para o presidente, colaborando na campanha que diz: “Queremos uma ministra negra no STF”.

Segundo o site, dos 171 ministros que já integraram a corte em 132 anos, apenas três eram homens negros e três eram mulheres. Porém, uma mulher negra nunca ocupou um lugar no STF.

O presidente Lula tem sido pressionado para escolher mais um homem branco e nós não podemos ficar de braços cruzados. É preciso levar nossas vozes à Brasília. Faremos História pressionando Lula para que ele nomeie uma ministra negra”, diz o comunicado.

Lula terá a que escolher alguém para ocupar a vaga de Rosa Weber, que vai se aposentar em outubro. “Não podemos correr o risco de ver outro Zanin ocupando a Corte, com posicionamentos que vão na contramão das necessidades e dos direitos da maioria da população. O Brasil não aceita mais um ministro conservador”, declara o movimento.

Durante o comunicado apresentado no site ministranegranostf.com.br, eles reivindicam a diversidade brasileira sendo necessário para a representatividade na Suprema Corte.

Ter uma ministra negra progressista no STF é essencial para avançar na necessária transformação do sistema de justiça brasileiro, não só pela importância de ver o povo representado nas esferas de poder, mas por todas as mudanças estruturais na forma como a justiça é aplicada”.

Durante uma entrevista para o estúdio CBN, a mestra em Ciência Política e coordenadora política do Movimento Mulheres Negras Decidem Tainah Pereira, afirmou ter apresentado três opções de juristas negras aptas para a vaga.

“São mulheres que lutam pela transformação do sistema de justiça, em particular os movimentos de encarceramento em massa e o genocídio da população negra“, destacou a mestra em Ciência Política.

Os movimentos participantes ainda explicam o que pretendem fazer ao final da campanha. “Ao final da mobilização queremos entregar, representados pelos movimentos negros e feministas, as assinaturas em mãos ao Presidente Lula“. Segundo o Instituto Marielle Franco, uma das organizações parte do movimento, são esperadas cerca de 500 mil assinaturas em 20 dias.

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