Moçambique exige devolução de artefatos que foram saqueados durante período colonial

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Neste domingo (25), durante cerimônia de celebração do Dia de África, a ministra da Educação e Cultura de Moçambique, Samaria Tovele, afirmou que o país exige que artefatos que foram saqueados durante o período colonial, sejam devolvidos, segundo jornais locais. O encontro entre autoridades do país aconteceu em Maputo, capital de Moçambique.

As reparações históricas também se fazem pela via simbólica e cultural, por isso estamos a nos organizar no sentido de debatermos como é que podemos nos apropriar do que foi roubado do nosso país e a nível do continente africano”, disse a ministra.

Encontro neste domingo (25), durante cerimônia de celebração do Dia de África /Foto: Divulgação

De acordo com os jornais locais, a ministra se refere a 800 artefatos culturais que foram saqueados não só de Moçambique, mas de todo o continente, durante o período colonial. A iniciativa faz parte de uma ação que visa o resgate de cerca de três mil bens materiais e culturais de diferentes países africanos, que foram identificados desde 2020, segundo a Agência de Informação de Moçambique.

Em sua fala, a ministra também destacou a importância da união entre os povos do continente, diante do período colonial.  “Hoje estamos libertos, mas precisamos de reaver tudo o que foi roubado. Por isso, o lema escolhido para o Dia de África é: Justiça para os africanos e as pessoas de descendência africana através de reparações”, disse Samaria.

Além dela, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Lucas, ressaltou que a reparação com relação a esse período, ultrapassa a devolução desses objetos saqueados. Também estava presente no evento o embaixador da República Democrática do Congo e decano do Grupo dos embaixadores Africanos, Kola Beby.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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