O evento é aberto ao público, aos servidores públicos em geral, preferencialmente os servidores do Ministério da Saúde e do Ministério da Igualdade Racial, especialistas, atuantes no tema, acadêmicos e membros da sociedade civil
Com intuito de debater sobre a saúde integral da população negra, a Secretaria de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, vinculada ao Ministério da Igualdade Racial, realizará o seminário, “A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: Reconstrução, Desafios e o Papel do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial”.
O evento acontecerá no dia 27 de outubro, sexta-feira, das 14h às 18h, no auditório do 8º andar do Edifício Parque Cidade Corporate, localizado no Setor Comercial Sul Quadra 09, Bloco C, em Brasília- Distrito Federal. O seminário é aberto ao público, aos servidores públicos em geral, preferencialmente os servidores do Ministério da Saúde e do Ministério da Igualdade Racial, especialistas, atuantes no tema, acadêmicos e membros da sociedade civil.
As inscrições, a programação, a certificação dos participantes e mais informações, através do site.
A programação visa promover discussões sobre a determinação social da saúde, bem como, a reconstrução e avanços dos compromissos assumidos na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), em 2017 pelo Ministério da Saúde. Contará com palestrantes, representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Igualdade Racial, especialistas no tema, acadêmicos e membros da sociedade civil.
A Secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Iêda Leal, analisa que o racismo estrutural representa uma realidade presente na sociedade brasileira, o que culmina em profundas e duradouras disparidades entre indivíduos de diferentes origens raciais.
“Essas disparidades abarcam diversas áreas, incluindo educação, emprego, habitação e, por consequência, saúde. Crianças negras frequentemente nascem em famílias com baixa escolaridade e enfrentam desafios como moradias precárias, falta de saneamento básico e insegurança alimentar, o que resulta em um maior risco à saúde desde a infância até a terceira idade, além de limitações no acesso a cuidados médicos adequados. Na vida adulta, as pessoas negras realizam menos consultas, acompanhamento periódico da saúde e exames preventivos; muito frequentemente acessam serviços de saúde por meio das emergências hospitalares e serviços de pronto-socorro, quando a saúde está deteriorada e as chances de completa recuperação são menores. Durante a velhice, as mesmas dificuldades de acesso à atenção à saúde se manifestam”, detalha a secretária.
O Coordenador-Geral de Monitoramento da Diretoria de Avaliação, Monitoramento e Gestão de Informações da Senapir, Luciano Pereira da Silva, ressalta a relevância deste evento, que é de chamar a atenção para tais questões e debater estratégias para continuar progredindo na superação das desigualdades em saúde e no acesso aos serviços de saúde.
“O seminário representa um passo importante na busca pela igualdade racial e no combate às desigualdades em saúde no Brasil. Convidamos a todos interessados a se juntarem a essa discussão crucial para o futuro do país”, disse o coordenador.
Além disso, ele explica que o debate referente à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra representa um esforço fundamental para melhorar o acesso à atenção à saúde e combater o racismo institucional no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Anos após de sua instituição, é importante avaliar seu progresso e discutir maneiras de avançar na superação das iniquidades em saúde e no acesso à atenção à saúde para a população negra”, complementa o coordenador.
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