No ano em que revisita a sua obra no Clube da Esquina, Milton Nascimento se torna o grande homenageado da União Brasileira dos Compositores (UBC), que concederá ao autor de mais de 400 canções o Prêmio do Compositor Brasileiro. O evento acontecerá no dia 15 de outubro, na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Esta será a terceira edição da premiação.
Prestes a completar 77 anos, no próximo dia 26 de outubro, Milton demonstra que seu espírito de menino mineiro (nascido no Rio) conectado à terra, à natureza, à espiritualidade e à ancestralidade não só permanece intacto: parece renovar-se. Criador de um estilo inimitável de cantar, de falar de dores e prazeres da alma humana com ternura e classe, o artista revelado ao mundo há 52 anos, na esteira do hit “Travessia” (parceria com Fernando Brant), será celebrado no mês do compositor nacional.
Marcelo Castello Branco, diretor Executivo da entidade, enumera algumas das muitas características marcantes do ícone.
“Tudo em Milton é visceralmente autoral. A voz, o gesto, a maneira única de cantar. Esta voz silenciou fronteiras, embriagou de beleza gerações por todo o mundo. E continua a nos presentear com o êxtase da beleza e da delicadeza. É uma honra para a UBC poder reconhecer isso uma vez mais”, afirma o executivo.
Paulo Cesar Valle, presidente da União, faz coro: “É uma premiação justíssima por se tratar de um de nossos maiores autores”.
Com curadoria de Zé Ricardo, a festa do Prêmio UBC terá apresentações de grandes nomes da música brasileira interpretando os clássicos do compositor.
“A obra de Milton Nascimento é parte importante da minha formação como artista e como homem. Sua voz sempre me levou a lugares inimagináveis, bem perto dos meus sonhos. Eu aprendi a amar o Bituca desde cedo. Ele é um dos meus super-heróis favoritos, cheio de super poderes. O convite para dirigir um espetáculo em sua homenagem é uma honra enorme, um daqueles presentes únicos que o universo proporciona. Milton é música. E música é tudo”, afirma o diretor musical.