Mesmo com corpo no chão, quiosque continuou vendendo bebidas por 3 horas após morte de Moïse

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Na noite do dia 24 de janeiro, o quiosque Tropicália, onde o congolês Moïse Kabagambe foi brutalmente assassinado, continuou funcionando normalmente e vendendo bebidas por mais três horas, depois do crime e com o corpo da vítima no chão.

Às 23h14 uma mulher compra cerveja enquanto o corpo de Moïse está estendido no chão – Foto: Reprodução

É o que mostram as imagens das câmeras de segurança do local, que fazem parte do inquérito policial da Delegacia de Homicídios e que estão sob sigilo. As imagens vão das 22h55 do dia 24 até 1h27, já na madrugada do dia 25. Neste período, pelo menos seis clientes vão ao estabelecimento depois que o congolês já havia sido morto.

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Além das imagens dos clientes, os vídeos mostram também que dois homens presos pelo homicídio permaneceram no local após o crime, por cerca de duas horas. Darlan Santos de Almeida, advogado que defende o dono do local e um funcionário, disse, em resposta à Folha de São Paulo, que não iria se manifestar porque teria que reavaliar as imagens e “seria inviável em razão do pouco tempo”.

Pelas imagens, às 22h32 Moïse para de se mexer, depois de ser espancado, às 23h14 o funcionário vende a primeira cerveja com o corpo estendido no chão. Às 23h44 os socorristas que atenderam o congolês param as manobras cardíacas e cobrem o corpo com panos brancos.

As duas últimas cervejas são vendidas à 1h13 e 1h17, enquanto os peritos da Polícia Civil tiravam fotos do corpo e em momento algum o local foi isolado ou fechado.

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