Mais de 733 milhões de pessoas passam fome no mundo, revela relatório da ONU

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O relatório “O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo” (Sofi), divulgado nesta quarta-feira (24), indica que em 2023, entre 713 milhões e 757 milhões de pessoas enfrentaram a fome, resultando em uma média de 733 milhões. Esse valor representa aproximadamente uma em cada 11 pessoas no planeta.

Os dados foram apresentados durante a reunião ministerial realizada no Rio de Janeiro, que teve como objetivo estabelecer uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. De acordo com o relatório, o mundo regrediu 15 anos, atingindo níveis de má nutrição semelhantes aos observados em 2008 e 2009, colocando em risco o cumprimento do segundo objetivo de desenvolvimento sustentável, que é erradicar a fome até 2030.

Aproximadamente uma em cada 11 pessoas no planeta passa fome / Foto: Agência Brasil

O relatório mostra que a fome está aumentando na África, enquanto na Ásia se manteve estável e a América Latina fez progressos. A África continua a ter a maior proporção de população afetada pela fome (20,4%), em comparação com 8,1% na Ásia, 6,2% na América Latina e Caribe, e 7,3% na Oceania.

O relatório é produzido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (WFP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fome no Brasil

O mesmo relatório também pontuou que o número de brasileiros em situação de insegurança alimentar caiu de 32,8%, de 2020 a 2022, para 18,4% no período entre 2021 e 2023. No entanto, a fome ainda atingiu 39,7 milhões de brasileiros.

Já a mais grave, quando as pessoas ficam sem comida, por um dia ou mais, 14,3 milhões de pessoas passavam por essa situação entre 2021 e 2023.

O Brasil saiu do “Mapa da Fome” em 2014 e manteve essa posição até 2018. Entretanto, entre 2019 e 2022, o país viu um aumento na pobreza, extrema pobreza e insegurança alimentar. Como resultado, o Brasil retornou ao “Mapa da Fome” no período de 2019 a 2021, permanecendo nessa condição até 2022.

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