6,749 milhões de trabalhadores brasileiros procurando emprego há mais de um ano. Este número representa 46,8% do total de desocupados (14,444 milhões) e é o mais alto desde 2012, segundo um levantamento feito pela Tendências Consultoria, com base nos dados da Pnad Contínua do IBGE.
O estudo também aponta um alto volume de desempregados entre 18 e 24 anos, que já somam 4,2 milhões de desocupados nesta faixa etária. A taxa de desocupação entre os jovens ficou em 29,5% no segundo trimestre deste ano.
A diferença entre a taxa de desocupação entre jovens e os trabalhadores no geral aumentou. Historicamente, essa diferença é alta em alguns países do mundo, mas no Brasil ela se agravou ainda mais durante a pandemia.
A diferença percentual da taxa de desocupação entre os jovens e os demais trabalhadores era 13,8 pontos percentuais no 2º trimestre de 2019 e aumentou para 15,4 pontos percentuais no segundo trimestre deste ano.
Segundo a Tendências, o atraso desses jovens para se inserir no mercado de trabalho deve gerar um “efeito cicatriz”, quando a desocupação ou a permanência em posições de trabalho precário acarretam efeitos adversos à carreira futura.
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Desigualdade regional
O levantamento ainda aponta que a recuperação do mercado de trabalho permanece mais lenta nos estados com maior vulnerabilidade econômica.
As maiores diferenças percentuais da taxa de desocupação, entre o 4º trimestre de 2019 e o 2º trimestre de 2021, permanecem nas regiões Norte e Nordeste — quando alguns dos estados registraram nível recorde da série histórica, como Pernambuco (21,8%), Maranhão (16,9%), Ceará (15,2%), Piauí (14,6%) e Pará (13,3%).
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