Mais de 20 milhões de pessoas não tiveram acesso adequado a comida em 2023, revela IBGE

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O Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (25), um relatório que mostra o índice de insegurança alimentar no Brasil. O documento revela que em 2023, 20,6 milhões de pessoas ficaram sem acesso adequado a alimentação, um problema encontrado em quase um de cada dez domicílios do país.

Segundo os dados da PNAD Contínua Segurança Alimentar, no ano passado, cerca de 64,1 milhões de pessoas viviam nesses domicílios, sendo que 11,9 milhões deles enfrentavam uma situação ainda mais dramática com relação a alimentação, e outros 8,6 milhões beiravam a fome.

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Além disso, outros 43,5 milhões de brasileiros demonstraram preocupação quanto a ter acesso suficiente aos alimentos. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores índices de insegurança alimentar no período.

Segundo a escala brasileira, são considerados em situação de insegurança alimentar moderada os brasileiros que vivem em domicílios em que há redução na quantidade de alimentos entre os adultos, ou piora nos padrões de alimentação. O IBGE alega, contudo, que na Pnad Contínua não é possível contabilizar o total de brasileiros passando fome.

Relatório do IBGE mostra que no ano passado mais de 29 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar / Foto: TV Brasil/ Divulgação

A pesquisa tem a intenção de classificar o domicílio. Se ele está com insegurança alimentar moderada, você sabe que aquele domicílio já não consegue manter uma variedade e já tem restrição de quantidade de alimentos pelo menos entre os adultos. A quantidade é diminuída na moderada, por exemplo, para que não falte o alimento, coisa que já acontece na grave”, diz o analista do IBGE, André Martins.

Segundo os dados do IBGE, nos últimos 20 anos, o Brasil apresentou melhoras nos índices de segurança alimentar de sua população, apesar de registrar oscilações negativas no período. A comparação é baseada em dados de levantamentos anteriores, que constam nas Pnads ou na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

No ano passado, o país tinha 72,4% de suas residências em situação de segurança alimentar, proporção 9,1% maior do que a registrada na POF 2017-2018, quando 64,9% dos residentes em domicílios particulares informaram não ter preocupação com acesso aos alimentos. Em 2004, esse número era de 66,7% dos domicílios.

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