Letalidade de adolescentes em SP: maior parte das vítimas viviam em situação de pobreza e fora da escola

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O estudo “O impacto das múltiplas violações de direitos contra crianças e adolescentes” apontou dados alarmantes sobre a letalidade de jovens no estado de São Paulo, de 2015 a 2022. Os dados lançados nesta terça-feira (03) revelam que a maior parte deles, quando morreram, estavam em situação de pobreza e fora da escola.

Segundo as informações divulgadas pelo Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CPPHA) – uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Governo do Estado de São Paulo, 88% viviam em situação de pobreza e 66% tinham evadido da escola.

O estudo foi lançado nesta semana pela Unicef e parceiros /Foto: Unicef

Ou seja, o estudo mostra que 2 em cada 3 adolescentes que morreram de forma violenta no estado estavam fora da escola, quando morreram, e antes de terem concluído o ensino médio. A análise evidencia que o ano em que a evsão se destaca é no 1º do Ensino Médio, quando quase 1 em cada 3 desses adolescentes abandonou os estudos. A maior parte deles entre 15 e 16 anos.

Diante dos dados levantados, Adriana Alvarenga, chefe do escritório do UNICEF em São Paulo, enfatizou o problema do cenário e como é possível mudá-lo.

Após um esforço em conjunto, pela primeira vez, conseguimos mapear a trajetória desses meninos e meninas vítimas de violência letal no estado de São Paulo e evidenciamos algo que já falamos há bastante tempo: para enfrentar a violência letal é preciso ir além da segurança pública. É fundamental investirmos na garantia aos direitos básicos de cada criança e adolescente, como ir à escola, acessar o sistema de saúde e programas de assistência social”, explica.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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