Justiça condena Ronnie Lessa por contrabando de peças de armas de fogo

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O ex-policial militar Ronnie Lessa foi condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (19), a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, por importar as peças da Ásia e dos Estados Unidos. Ele está preso desde dezembro de 2020, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.

O processo é um desdobramento da apreensão de peças de 117 fuzis desmontados em 2019, na Zona Norte do Rio. As peças de armas eram enviadas pela filha de Lessa, nos Estados Unidos, depois do ex-policial fazer as compras pela internet. Na época, a investigação da Polícia Civil apontou Lessa como o responsável pelo arsenal.

Ronnie Lessa sendo preso em 2020 / Foto: Divulgação da PF

Segundo a informação da juíza Fernanda Resende Djahjah Dominice, foram importados entre 2017 e 2018, as seguintes peças: parte inferior de fuzil, acessório para fixar mira telescópica e coronha para revólver. Todas importadas sem autorização do Exército.

Ronnie negou as acusações, e argumenta que não há provas de que as peças chegaram ao Brasil. Ele também alega que os acessórios citados na denúncia do Ministério Público Federal são usados em armas de airsoft, que são réplicas de armas de fogo reais, que funcionam como armas de pressão que disparam projéteis plásticos. 

A juíza que assinou a sentença ressalta o fato do réu ser policial militar, e que tinha o conhecimento sobre a necessidade prévia da autorização para a importação de armas. 

As consequências do delito também são especialmente graves, todo elemento probatório denota que o acusado importava tais componentes com objetivo de efetuar a montagem de armas de fogo que seriam inseridas na clandestinidade, o que afeta e coloca em risco milhares de pessoas”, disse ela.

O ex-policial foi citado em delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz, firmada com a Polícia Federal, onde confessa ter participado com Ronnie da execução da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

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