As investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), no âmbito da operação “Fim da Linha”, que investiga crimes no transporte público, revela que a empresa de ônibus Transwolff tem 1.206 veículos e, de 2015 até o ano passado, recebeu mais de R$ 5 bilhões da Prefeitura da cidade de São Paulo.
Segundo o Ministério Publico, o presidente da empresa, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, comandava a Transwolff e, em 2015 o Primeiro Comando da Capital (PCC) investiu R$ 54 milhões na empresa, durante um esquema de lavagem de dinheiro.
Conforme as informações do Ministério, Pandora é suspeito de financiar um plano milionário para tirar um detento de dentro da cadeia. Silvio Luiz Ferreira, conhecido como “Cebola”, que está foragido da justiça há 10 anos, condenado por tráfico de drogas. Décio Gouveia Luís, conhecido como “Português”, foi condenado por organização criminosa e suspeito de ser o braço direito de Marcos Camacho, o Marcola.
Durante a reportagem exibida no último domingo (14), no Fantástico, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya falou sobre como a maior organização criminosa do Brasil, o PCC, conseguiu entrar nas linhas de transporte.
“O PCC, ele viu ali uma oportunidade de negócios. Por quê? É um setor altamente lucrativo: essas duas empresas faturaram, no ano passado, mais de R$ 800 milhões” conta ele.
A Transwollf transporta passageiros na Zona Sul. Já a Upbus, outra empresa investigada na operação, na Zona Leste da capital paulista, conta com uma frota de 159 ônibus. Cebola foi preso em 2012, com 635 quilos de maconha dentro de uma garagem que mais tarde tornou-se a sede da empresa. Ele era um dos chefes da quadrilha.
” Não detectamos nenhuma omissão por parte do poder público municipal, mas detectamos que eles estão participando de serviço público, da disputa, da licitação de serviço público essencial. Então isso é típico de organizações mafiosas, já ocorreu na Itália e a gente tem visto, infelizmente, isso no Brasil”.
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