Neste 27 de maio completam exatos cinco anos da passagem de uma das Ialorixás mais importantes do Brasil, Mãe Beata de Yemanjá. Beatriz Moreira Costa, como constava em sua certidão, desencarnou aos 86 anos de idade.
Nascida no dia 20 de janeiro de 1931, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, se estabeleceu alguns anos depois em Nova Iguaçu, no bairro de Miguel Couto (região metropolitana do Rio), no ano de 1969 quando escolheu a cidade para viver e criar seus quatro filhos – Ivete, Doya, Adailton e Aderbal. A Neta de portugueses e africanos escravizados conduzidos ao Brasil, funda então em 1985 o Ilê Axé Omiojuarô – Casa das Águas dos Olhos de Oxóssi. Desde os anos 80 ela passa a ser considerada uma das grandes personalidades do candomblé do Rio de Janeiro.
A matriarca e escritora, ao longo de sua vida, sempre se posicionou a favor da justiça social, esteve à frente de mobilizações e atividades de combate à intolerância religiosa, de prevenção das DSTs/HIV/Aids e câncer de mama, à violência contra a mulher, à discriminação racial e de gênero, além de ser publicamente conhecida defensora do meio ambiente.
A Ialorixá foi conselheira do Movimento Inter-Religioso (MIR), membra do Unipax (que luta pela paz), integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, tendo sido também presidente de honra da ONG CRIOLA e uma das integrantes do ICAPRA, Instituto Cultural de Apoio e Pesquisa das Religiões Afros – espaço para difusão das heranças e tradições dos povos afro brasileiros.
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Um de seus grandes legados, para além da contribuição a todos nós com seus saberes e sua própria história de vida, é o espaço sagrado do Terreiro. A Casa promove não apenas suas festividades e funções ritualísticas, mas encontros que já a tornaram reconhecida há anos como espaço de resistência cultural e social.
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