Idosos negros vivem com menor qualidade de vida que idosos brancos, revela pesquisa
Idosos negros vivem com menor qualidade de vida que idosos brancos, revela pesquisa
Racismo e envelhecimento: pesquisa revela desigualdades entre idosos Foto: Pexels
Pessoas negras idosas vivem menos, com menor qualidade de vida, além do envelhecimento ser marcado por ausência de políticas públicas. É o que revela o estudo “Envelhecimento e desigualdades raciais”. A pesquisa foi realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Desenvolvimento (Cebrap) em parceria com o Itaú Viver Mais.
De acordo com o estudo, entre a população negra, há uma série de particularidades que implicam em um envelhecimento precarizado. Cerca de 7% dos idosos negros com idade acima de 65 anos dependem do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Na população branca de mesma idade, essa porcentagem é de 3%.
“Isso se deve ao fato de que esses indivíduos historicamente têm estado inseridos em uma realidade social permeada por desigualdades que persistem ao longo dos anos, desde a época da escravidão e libertação dos escravos“, explica Yohana Tôrres, socióloga e pesquisadora de gênero.
Além do envelhecimento, a pesquisa analisa as principais áreas sociais que contribuem e fortalecem o envelhecimento ativo. Um deles, por exemplo, é a segurança financeira.
Os resultados mostram que as pessoas negras vivem com menor renda e se preocupam mais em como pagarão as contas.
Racismo e envelhecimento: pesquisa revela desigualdades entre idosos Foto: Pexels
Em São Paulo, 21% dos homens brancos afirmou ter dificuldade ou preocupação em pagar as contas mensais. Entre os homens negros dessa faixa etária, o percentual saltou para 73%, segundo o estudo.
Essa diferença entre a percepção de dificuldade em pagar as contas mensais também se destaca em Porto Alegre, na faixa acima dos 80 anos. Entre os homens brancos, apenas 17% revelaram dificuldade em equacionar os pagamentos, sendo que entre os homens negros essa preocupação passa para 67%.
O envelhecimento é marcado por aspectos biopsicológicos e culturais com marcadores de classe, gênero e raça, conforme explica o estudo. “Em nossa cultura, a velhice e o tema do envelhecimento recebem estereótipos e preconceitos“, destaca a pesquisa.
O estudo teve como parâmetro os índices que qualificam o envelhecimento ativo. Entre eles estão autoestima, bem-estar, atividade física, mobilidade, inclusão digital e inclusão produtiva. A pesquisa foi realizadas em três diferentes capitais brasileiras: São Paulo, Porto Alegre e Salvador. Elas foram escolhidas justamente por apresentarem um alto índice de envelhecimento populacional.
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