O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) multou os proprietários de uma fazenda em Corumbá (MS) em R$ 100 milhões. As autoridades identificaram a fazenda como a origem de um grande incêndio no Pantanal.
O órgão, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), informou que o fogo destruiu cerca de 333 mil hectares, o que corresponde ao dobro da área da cidade de São Paulo.
Esse incêndio, que afetou 135 propriedades rurais, foi o maior registrado em 2024 no Pantanal, causado por uma única fazenda. O Ibama, no entanto, não revelou os nomes dos proprietários. O fogo começou em junho, em vegetação nativa dentro da fazenda. A intensificação do incêndio, devido às mudanças climáticas, fez com que as equipes levassem 110 dias para controlá-lo.
Em 2024, as queimadas começaram mais cedo do que o habitual. Em agosto, imagens de animais carbonizados trouxeram à tona lembranças das devastadoras queimadas de 2020. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mais de 11 mil focos de incêndio foram registrados no Pantanal até o momento.
Além disso, na última terça-feira (24), o Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob o governo Lula (PT), enviou à Casa Civil uma proposta de lei para aumentar as penas de quem provocar incêndios florestais.
A nova proposta sugere aumentar a pena básica de dois a quatro anos para três a seis anos. Em casos mais graves, a pena pode chegar a 18 anos, além da aplicação de multas.
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