De acordo com pesquisa, 72% dos homens pretos no Brasil afirmam se sentirem atraentes

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Segundo os dados da pesquisa Datafolha sobre os efeitos do racismo nos relacionamentos amorosos e nas amizades, 72% dos homens pretos se sentem atraentes. O relatório, que faz parte da série ‘Afeto em Preto e Branco’, realizada pela primeira vez pelo instituto de pesquisa, falou com 2.005 entrevistados com 16 anos ou mais.

Os homens que foram ouvidos são de 111 municípios de todas as regiões do país, e a pesquisa foi realizada durante o mês de outubro deste ano. Já com relaçao às mulheres pretas, 58% se consideram atraentes, enquanto que entre as mulheres pardas esse índice é de 60%, e em mulheres brancas, é de 63%.

A pesquisa analisa a percepção de homens e mulheres negros sobre se sentirem ou não atraentes /Foto: Pexels

A série também aborda a relação entre brancos, pretos e pardos que se relacionam entre si, ou que estão em relacionamentos inter-raciais. O painel mostra que seis em cada dez brasileiros se consideram atraentes, e no geral, contando homens e mulheres, os autodeclarados pretos e brancos possuem a mesma porcentagem ao se considerarem atraentes (64%).

Já entre pessoas pardas, esse índice é de 62%.

Em entrevista ao Notícia Preta, o ator e empresário afirmou que demorou para se sentir um homem bonito, por conta do racismo, mas que atualmente, consegue se ver assim. “Não foi a televisão ou as publicidades que me ajudaram a descobrir minha beleza, foi a maturidade e a certeza de quem eu sou. E eu sou preto, e simplesmente por isso, eu já sou bonito pra caramba“, disse Rafael Zulu.

A especialista em Letramento Racial Anita Machado, afirmou em entrevista ao gshow, que o autocuidado é muito importante para a autoestima.

Temos falado muito sobre representatividade e sua grande importância. A concepção sobre ‘padrão de beleza’ parte de uma ideologia que chamamos de ideologia da branquitude e corresponde a uma pessoa branca, loira, de olhos azuis e cabelo liso“, iniciou.

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