A polícia está procurando um homem que passava de carro pela Avenida Brasil, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e usou um desodorante e um isqueiro para fazer um lança chamas e atear fogo em profissionais do sexo.
O caso aconteceu no último sábado (10), foi filmado por um outro homem que estava no carro com o rapaz que ateou fogo na jovem identificada como Beatriz Sttefany Vilella Vicente, 18 anos.
Após atacar a vítima e sair rindo, as pessoas que estavam no carro saíram rindo. Em entrevista a TV Globo a jovem confirmou que fazia ponto como garota de programa na região.
Momentos antes de atear fogo nas vítimas os homens já tinham passado pelo local e conversado com elas. De acordo com as vítimas eram quatro homens dentro do carro. Quem ateou fogo estava sentado no lado do carona e o que estava dirigindo filmou tudo.
Nesta segunda-feira (12), as jovens atacadas foram até a delegacia onde o crime foi registrado como tentativa de lesão corporal e injúria por preconceito.
Em nota, a Polícia Civil disse estar procurando por esses suspeitos e já tiveram acesso a gravação onde é possível ver o rosto do rapaz. As vítimas disseram conhecer o acusado.
Perfil das profissionais no Brasil
A maioria das prostitutas brasileiras tem de 20 a 29 anos (46,3%), primeiro grau incompleto (67%), de um a quatro anos de profissão (47%) e ganha de um a dois salários mínimos por mês (36%). É o que diz pesquisa feita pela Universidade de Brasília no início do ano, a pedido do Ministério da Saúde, divulgada ontem no Encontro Fluminense de Profissionais do Sexo, no Rio.
O deputado federal Fernando Gabeira (PT-RJ) defendeu a regulamentação da profissão. Há três meses, ele apresentou na Câmara projeto de lei, baseado na legislação alemã, que considera a prostituição profissão, o que garantiria a elas direito a plano de saúde, carteira assinada e aposentadoria.
Desde setembro, segundo a ONG Davida, o Ministério do Trabalho e Emprego considera ocupação o trabalho da profissional do sexo. No Brasil, o número estimado de prostitutas é 25 mil.