“Guia para Justiça Climática” é lançado pela Casa Fluminense na semana do Meio Ambiente

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Durante a semana do Meio Ambiente, que começou no dia 05 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente – e que foi até esta última sexta-feira (09), a Casa Fluminense lançou o documento chamado de “Guia para Justiça Climática – tecnologias sociais e ancestrais para o enfrentamento ao racismo ambiental da região metropolitana do Rio de Janeiro”.

Com a colaboração de lideranças locais e com a consultoria da jornalista e especialista em justiça climática, Andréia Coutinho, o documento disponível para baixar de forma gratuita, reúne 15 tecnologias criadas “por lideranças locais que estão buscando formas de se adaptará e sobreviver ao racismo ambiental e à injustiça climática em seus territórios“, como explica Claudia Cruz, que é coordenadora de informação da Casa Fluminense.

O Guia tem o objetivo de dar ferramentas para os moradores de favela lidarem com os problemas relacionados aos desafios climáticos/ Foto: Imagens TV Brasil – Agência Brasil

De acordo com Claudia, que também é doutora em Políticas Públicas e especialista em avaliação e planejamento de políticas sociais, o objetivo do Guia é sistematizar as tecnologias presentes, conscientizar a população e instruí-las quanto aos problemas ambientais enfrentados, para que sejam capazes de lutar contra injustiças ambientais e sociais.

“O Guia também apresenta na seção ABC do clima vários conceitos como o do racismo ambiental e da justiça climática, buscando populariza-los para que a população se aproprie deles na luta por políticas públicas mais justas e inclusivas. O Guia traz uma seção de legislações e instrumentos legais para que as pessoas possam saber quais leis estão vigentes e dialogam com a temática. A ideia é difundir o conhecimento e permitir que essas tecnologias sejam replicadas em outras áreas da RMRJ”, explica.

Segundo Claudia, que esteve a frente do Gui, o processo de criação do documento passou pela contratação de uma consultora especializada, que foi feita pela especilaista em Justiça Climática, a jornalista Andréia Coutinho, e também com “treinamento interno da equipe com especialistas da área da Justiça Climática e do racismo ambiental e o levantamento de projetos que desenvolvessem tecnologias sociais e anscentrais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro”.

Mas a coordenadora de informação da Casa Fluminense entrega ainda mais detalhes sobre o processo de desenvolvimento da iniciativa.

“A maior parte dos projetos é composta por projetos que foram contemplados pelo Fundo Casa Fluminense, o que nos permitiu ajustar a metodologia de acompanhamento do Fundo, montando um roteiro de visita de campo é um questionário personalizado para cada um deles. Fizemos visitas de campo durante dois meses para entrevistar as pessoas envolvidas nessas tecnologias e também realizamos algumas entrevistas on-line com os projetos que não pudemos visitar, mas que já tínhamos material coletado do acompanhamento do Fundo”, explica Claudia Cruz.

A representante da Casa Fluminense também diz que como todos os materiais publicados pela instituição como a Agenda Rio 2030 e o De Olho no Transporte, a intenção é criar uma ligação com a gestão pública para o “planejamento de políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população da RMRJ”, e de, mais ainda, comunicar com quem habita os territórios mais afetados.

“Queremos trabalhar esse material com lideranças locais, moradores de áreas afetadas pelo racismo ambiental e injustiça climática, gestores públicos e escolas. O material foi elaborado pensando em garantir que esse conhecimento possa ser debatido amplamente com todes“, detalha Claudia Cruz.

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Para saber mais detalhes sobre o Guia, os territórios visitados para o desenvolvimento do documento – que durou mais ou menos dois meses – e conhecer as lideranças e movimentos que participaram das tecnologias mencionadas e baixar o documento gratuitamente, acesse o link aqui.

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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