O Parlamento da Grécia aprovou na quinta-feira (15) uma lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Além disso, a decisão também permite que casais homoafetivos adotem crianças. Assim, o país se tornou um dos primeiros de maioria cristã ortodoxa, a realizar o feito. O projeto de lei foi aprovado por 176 votos a favor, e entra em vigor assim que for publicado no Diário Oficial.
Dessa forma, a Grécia se torna o 20º país da Europa a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, representando uma vitória histórica para ativistas e para a comunidade LGBTQIA+. Os parlamentares do partido de centro-direita ou votaram contra o projeto, ou resolveram se abster, mas os parlamentares de esquerda se uniram votando a favor do projeto.
Em um país 95% ortodoxo, a Igreja expressou desde o início sua total oposição ao projeto. “As crianças têm uma necessidade inata e o direito de crescer com um pai do sexo masculino e uma mãe do sexo feminino“, assegura o Santo Sínodo, que enviou uma carta aos deputados.
A aprovação é considerada um avanço dos direitos LGBTIAPN+, em um país conservador. Em 2015, a Grécia aceitou a parceria civil entre casais do mesmo sexo. Dois anos depois, reconheceu legalmente identidades de gênero. Em 2022, proibiu terapias de conversão sexual, seguindo os passos da Alemanha (2020), Canada (2022), França (2022) e Nova Zelândia (2022).
Atualmente, 36 países do mundo (35 Estados pertencentes às Nações Unidas, além do território autônomo de Taiwan), permitem o casamento, dos quais 20 são europeus: Andorra, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Portugal, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
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