Mais de 90 municípios da Bahia estão em estado de alerta, com decretos vigentes de situação de emergência, por causa da grande seca. A prefeitura de Feira de Santana decretou situação de emergência, em publicação no Diário Municipal da cidade, na última terça-feira (24), com duração de 180 dias.
Segundo os dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), oito estados das regiões Norte e Nordeste enfrentam, este ano, a pior seca desde 1980 por causa da falta de chuvas. São eles: Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe. Com a situação se agravando, as safras foram perdidas e os produtores enfrentam dificuldade na criação de animais.
Os trabalhadores estipulam um prejuízo de 90% das safras de milho e feijão, que foram perdidas.
“Como esse ano essa chuva não veio com frequência, estamos passando por esse sofrimento. É um impacto duro, porque além das perdas, não podemos criar os pequenos animais porque não tem ração, não tem água e tudo fica mais caro”, afirmou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Conceição Borges para o G1.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda falou sobre os danos causado pela estiagem.
“O comércio sofre de imediato com a perda na agricultura, o que gera um impacto econômico. Muitas vezes essa situação gera êxodo, principalmente por parte dos mais jovens. Eles ficam desmotivados e acham que precisam se mudar para a cidade grande para conseguir emprego, o que muitas vezes não se consolida“, afirmou.
Segundo o prefeito, o decreto vai possibilitar aumentar a distribuição de carros-pipas para abastecer as comunidades e reformar cisternas. Para o presidente da Faeb, as ações ainda não são suficientes e que o poder público precisa investir em assistência técnica e crédito financeiro para produtores.
“Primeiro temos que rezar para a chuva vir, porque isso dá um ânimo para os agricultores, mas não é só isso. O poder público precisa fazer a sua parte e não é só com a compra de cestas básicas e envio de carros-pipa“, afirmou.
Além de Feira de Santana, estão em situação de emergência os seguintes municípios: Abaré, Anagé, Andaraí, Andorinha, Aracatu, Araci, Baixa Grande, Barra, Barro Alto, Belo Campo, Boa Nova, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Brotas de Macaúbas, Brumado, Buritirama, Cáem, Caetanos, Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Candido Sales, Cansanção, Canudos, Capela do Alto Alegre, Caraíbas, Casa Nova, Chorrochó, Coribe, Coronel João Sá, Cotegipe, Curaçá, Dom Basílio, Gavião, Guajeru, Guanambi, Ibiassucê, Ibitiara, Ibotirama, Igaporã, Ipirá, Ipupiara, Irajuba, Itaberaba, Itiuba, Iuiu, Jeremoabo, Juazeiro, Lajedo do Tabocal, Livramento de N° Senhora, Macaúbas, Macururé, Maetinga, Malhada, Malhada de Pedras, Manoel Vitorino, Mansidão, Maracás, Marcionilio de Souza, Mirante, Monte Santo, Muquém de São Francisco, Nordestina, Nova Fátima, Oliveira dos Brejinhos, Palmas de Monte Alto, Paramirim, Pedro Alexandre, Pilão Arcado, Piripá, Planaltino, Planalto, Poções, Ponto Novo, Presidente Jânio quadros, Queimadas, Quijingue, Rafael Jambeiro, Remanso, Riacho de Santana, Rio do Antônio, Santa Brigida, Santa Maria da Vitória, Santaluz, São Domingos, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Serra Preta, Sitio do Mato, Tanhaçu, Tanque Novo, Tremedal, Uauá, Urandi, Valente, Vitoria da Conquista, Xique-Xique, Olindina.
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