O governo discute uma Medida Provisória (MP) para reduzir o impacto no preço da conta de luz que foi criado após o Congresso derrubar os vetos do presidente Lula, o Palácio do Planalto quer mitigar os impactos causados pelo projeto aprovado. Nesta terça-feira (24), segundo apuração do Metrópoles o governo já tem a nova versão da MP para apresentar.
A nova versão reduziria o rombo de R$35 bilhões que foi criado com a derrubada dos vetos para R$11 bilhões. Lula havia vetado medida que regulamenta a instalação de equipamentos para energia eólica em alto-mar (offshore) no Brasil, mas com derrubada do veto se estabelece obrigatoriedade de contratar usinas geradoras de energia e isso pode aumentar a conta de luz no bolso dos trabalhadores enquanto as empresas de energia lucram com isto.
A derrubada gerou pressão negativa no governo, que tenta se mover para tirar do bolso do consumidor a conta cara que o Congresso criou. Para reduzir o governo tenta achar um meio termo, a versão do legislativo pedia a contratação de 6.900 MW de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), a proposta é que se contrate apenas 3.000 MW.

A medida pegou mal entre os apoiadores do governo também porque o próprio partido de Lula votou para derrubas os vetos do presidente. Na votação 69 deputados do PL votaram a favor da medida que aumenta a conta de luz e 5 votaram contra a medida. Mas a grande contradição é que o PT votou praticamente junto com o PL, apenas Erika Kokay (PT-DF) votou contra a medida que aumenta a conta de luz e 63 deputados do próprio partido de Lula votaram a favor.
No Senado o cenário não foi diferente, dois 8 senadores do PT apenas um votaram contra, novamente se aproximando da maneira do PL votar, na qual apenas 2 dos 11 senadores votou contra a medida que aumenta a conta de luz e onera as contas públicas.
Na semana passada o senador Randolfe Rodrigues disparou: “Governo deve editar uma MP para impedir que esses vetos derrubados tragam impacto na conta de luz dos brasileiros. Há um consenso: nenhuma medida pode trazer impacto sobre a conta de energia e sobre a inflação”, disse o senador.
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