Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso celebram condenação de mulher que fez ataques racistas contra sua filha Titi

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O casal de artistas Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso celebraram nesta sexta-feira (23), que a socialite Day McCarthy foi condenada por racismo, por ataques direcionados a filha mais velha do casal, a Titi. A justiça determinou que Day terá de cumprir 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. Essa é a primeira vez que uma pessoa é sentenciada a prisão em regime fechado no Brasil por injúria racial e racismo.

Quando nossa filha Chissomo tinha apenas quatro anos, em 2017, foi alvo pela primeira vez do racismo. Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas“, disseram em conta conjunta.

Depois dos ataques, o casal entrou com um processo contra Day, apenas em 2021, e só agora, sete anos depois da situação, a decisão foi tomada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Eles agradeceram a justiça, e também a Procuradoria da República do Rio de Janeiro, e também a advogada Juliana Souza e sua equipe.

Apesar de tardio, é histórico“, pontuou o casal, sobre a condenação, e também ressaltaram a comoção pública como fator importante para a decisão. No início da nota, eles frisaram que a celebração da vitória contra o racismo acontece por conta dos privilégios deles. “Esta vitória acontece por termos visibilidade e brancos e, portanto, mais ouvidos que a população negra que, desde que foi sequestrada para este país“.

Além disso, na nota conjunta, os artistas pontuaram que continuam vigilantes e confiantes na justiça.

O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução. E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade“.

Leia também: “É necessário um plano coordenado”, pontua Relatora Especial da ONU sobre racismo sistêmico no Brasil

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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