Gana aprova projeto de lei que prevê prisão para pessoas LGBTQIAP+

IMG_8630-scaled.jpeg

Nesta quarta-feira (28), o parlamento de Gana aprovou por unanimidade, um projeto de lei que criminaliza as práticas por pessoas que se identificam como parte da comunidade LGBTQIAP+. A decisão do país localizado na África Ocidental, prevê a condenação em até três anos de prisão. Pessoas que apoiam a comunidade também poderão ser condenadas, em até cinco anos de prisão. 

O Projeto de Lei para Promoção de Direitos Sexuais Adequados e Valores Familiares foi patrocinado e apoiado por líderes cristãos e muçulmanos, com grande apoio no Parlamento. O texto agora deverá ser sancionado pelo presidente do país, Nana Akufo-Addo, que garantiu que nunca permitirá o casamento igualitário enquanto estiver no poder.

O PL ainda precisa ser validado pelo presidente de Gana /Foto: Pexels

O projeto foi apresentado em 2021 e desde então vinha sendo adiado. Tanzânia, Níger e Namíbia reforçaram leis similares nos últimos anos, enquanto que Uganda adotou uma lei que inclui pena de morte para pessoas LGBTQIAP+.

Na época, as Nações Unidas alertaram que o projeto buscava “estabelecer um sistema de discriminação e violência patrocinado pelo Estado contra a comunidade LGBT”.

Sam George, um dos principais patrocinadores do projeto de lei, comemorou a decisão em seu perfil no X (antigo Twitter). “Depois de três longos anos, finalmente passamos a Lei de Direitos Sexuais Humanos e Valores Familiares.” É continuou “Estou grato aos meus colegas patrocinadores que travaram esta batalha comigo até ao fim com sucesso. Nossa gratidão coletiva vai para nossa Liderança e o Rt. Exmo. Palestrante por sua orientação e liderança”, finalizou ele.

Sam George comemora aprovação de projeto contra LGBTQIAP+ /Foto: Reprodução Rede social/ X

Na última terça-feira (27), o presidente do Conselho do Centro de Desenvolvimento Democrático de Gana (CDD), Audrey Gadzekpo, pediu para Akufo-Addo não assinar o texto. Para ele, “os direitos humanos não dependem da aprovação da maioria”, afirmando que mesmo que a norma tenha apoio da maioria da população, ainda é uma ação “insustentável”.

Leia também:Votação de PL contra casamento homoafetivo é adiada novamente

Deixe uma resposta

scroll to top